Como os certificados de energia renovável podem se tornar tendência para descarbonizar a economia?

Os RECs, sigla de Renewable Energy Certificate, ou, em bom português brasileiro, Certificado de Energia Renovável são uma ferramenta fundamental na obtenção de uma economia mais sustentável, livre de emissão de gases nocivos ao meio ambiente e do impacto acarretado pelo consumo de energia.

No movimento de transição para uma economia mais sustentável, são desenvolvidas novas ferramentas, processos e  tecnologias para tangibilizar esse processo. Os Certificados de Energia Renovável (RECs) são uma dessas ferramentas que fomentam os objetivos globais de transição energética.

A certificação expõe o comprometimento com a diminuição dos gases nocivos que geram o chamado efeito estufa e do impacto gerado pelo consumo de energia elétrica. Cada REC é basicamente, uma cota específica de energia proveniente de uma fonte renovável, seja ela solar, eólica, de biomassa ou hídrica. Um REC é o equivalente a 1 Megawatt hora, ou seja, 1.000 kWh. 

No Brasil, o responsável pela coordenação dos RECs é o Instituto Totum, encarregado pela manutenção de uma base de dados que armazena os geradores de energia renováveis no país e permite, assim, a transação dos RECs, garantindo a exclusividade do beneficiário no momento de aquisição de um certificado. 

Para se ter uma ideia da tecnologia e da inovação utilizadas nesse processo, o Instituto Totum mantém sua base no modelo de Blockchain. Uma tecnologia fundamental para evolução da Web 3.0, pela sua capacidade de identificar a propriedade de um ativo, utilizada geralmente para a comercialização de criptomoedas.

Isso porque, de modo geral, a tecnologia blockchain permite a descentralização da informação, garantindo transparência em todas as etapas do processo a todos os envolvidos, gerando um número de protocolo único para cada operação realizada em seu sistema através de Smart Contracts. E é dessa forma que se garante que a unidade comprada pela empresa consumidora seja de fato a única beneficiária da produção contida na REC.

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Quais são as vantagens dos RECs para as empresas?

Muito se discute acerca dos impactos ambientais e sobre como podemos continuar a cadeia de produção de bens e serviços necessários de forma sustentável. Esse processo visa descarbonizar a economia. Mas para isso ser conquistado, algumas posturas do mercado, incluindo fornecedores e consumidores, ainda têm muito a evoluir.

Para incentivar as empresas na adoção de práticas que contribuam para a diminuição dos gases nocivos e no desafio de zerar a pegada de carbono gerada pela economia, existem iniciativas globais que fomentam a elaboração de metas que contribuem para o enfrentamento das crises climáticas.

O GHG Protocol é um projeto global que estabelece estruturas padronizadas abrangentes para mensurar e gerenciar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) de operações dos setores público e privado, cadeias de valor e ações de mitigação. No que diz respeito ao setor de Energia, são relevantes o Escopo 1 e 2. 

O Escopo 2 é a ferramenta de cálculo para estimativa de emissões de gases do efeito estufa referente às emissões indiretas proveniente da aquisição de energia elétrica da rede. As RECs estão diretamente relacionadas ao Escopo 2, pois é através da obtenção desses certificados que as empresas conseguem zerar sua emissão de carbono e apoiar o setor de energia renovável.

Os RECs são documentos de certificação global em conformidade com o protocolo GHG, que, além de zerar as emissões de dióxido de carbono (CO2) no consumo de energia elétrica, permite também a rastreabilidade do gerador de energia. Os RECs são a evidência que possibilita às empresas reportarem a emissão zero no Escopo 2.

O aumento da procura dos RECs por empresas de pequeno e médio portes demonstra como a preocupação pela responsabilidade ambiental vem crescendo nos últimos anos. A prática não só contribui para novos meios de consumo sustentável, mas também é bem vista por parte de acionistas e investidores no mundo todo.

Isso mostra, mais uma vez, que a movimentação do setor econômico está no caminho certo para a emissão líquida zero. Ela pode ser alcançada quando as emissões de gases poluentes do efeito estufa causadas pela humanidade forem equivalentes ou menores do que a quantidade de carbono retirada da atmosfera, seja esta de forma natural, pelo ciclo do carbono, ou assistida, com práticas como a restauração de florestas ou pela captura de carbono direta do ar (DACS).

Com o surgimento de novas tecnologias e serviços, todo esse movimento de descarbonização da economia vai se tornando cada vez mais frutífero. Muito ainda pode ser feito pelo meio ambiente no setor de energia e você pode contribuir com a sua parte. Conheça o nosso plano de assinatura de energia solar para sua residência ou empresa e seja um Sol Lover você também.

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