Segundo dados do Ministério de Minas e Energia, aproximadamente R$ 8 bilhões devem ser investidos…
5 de agosto de 2021
Sabe quando aparece aquela bandeira amarela ou vermelha na sua conta de luz e, por acaso, você sente falta, mesmo não sabendo do que se trata, daquela bandeira verde que antes estava ali? Pois acredite, elas têm nome e não estão ligadas a nenhum tipo de torcida, mas sim sobre o seu consumo energético.
Além de ajudar você a entender o motivo pelo qual a sua conta está mais barata ou mais cara, as Bandeiras Tarifárias também podem te avisar quando é hora de economizar. Está pronto para entender como usá-las a seu favor? Então vamos nessa que a Órigo descomplica para você!
Em Janeiro de 2015, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) criou o sistema através da Resolução Normativa nº 547/13 de Abril de 2013, com o intuito de acompanhar e auxiliar o país para que o desperdício de energia fosse evitado. Além de prevenir uma possível falta de energia decorrente da escassez das chuvas naquele ano e o pouco acúmulo nos reservatórios das usinas hidrelétricas.
Assim nasceu o sistema das Bandeiras Tarifárias, que tem como objetivo informar os consumidores sobre o aumento ou a diminuição do valor da energia no mês vigente, sinalizando o quanto ele terá de acréscimo a cada kWh (Quilowatt-Hora).
Existem três categorias de bandeiras tarifárias, e elas se parecem muito com o uso das cores nos semáforos: verde, amarelo e vermelho. A última é a mais temida e está dividida em dois patamares;
Essa bandeira indica que as condições para a geração de energia estão ótimas. Aqui não existe acréscimo na sua conta de luz. Ou seja, você pagará um valor estabelecido como “normal” devido à geração de energia estar positiva.
É hora de prestar atenção ao seu consumo e entender que as condições de geração estão menos favoráveis que o normal. Nesse estado, o acréscimo já começa a aparecer na sua conta de energia e o valor atual publicado pela ANEEL é de R$ 1,874 a cada 100 kWh consumido. Quando essa bandeira aparece na sua conta, o estado crítico dos reservatórios ainda não foi atingido, mas é um sinal de alerta de que o seu consumo deverá ser mais consciente.
Chegamos então ao estado em que as condições de geração da energia estão comprometidas, mais altas e mais precárias em relação à distribuição. O acréscimo chega a dobrar, e você vai pagar R$ 3,971 a cada 100 kWh. Portanto, nada de consumir mais do que o necessário ou a sua conta chegará até você “nas alturas”.
Atualmente, nós estamos nessa bandeira e o aumento é ainda maior que o acréscimo entre a bandeira amarela e a bandeira vermelha patamar 1. Essa bandeira entrou em vigor no começo de julho de 2021, e o consumo passou a ser um dos maiores desde o surgimento da monitoração pelas bandeiras tarifárias. Hoje, a cada 100 kWh, você paga R$ 9,492.
As bandeiras ajudam o consumidor a entender de forma simples o seu consumo e o motivo de a conta estar mais cara, além de conscientizar grande parte da população sobre o consumo desenfreado. Junto aos baixos níveis nos reservatórios, são alarmantes, e mostram que, ao escolher consumir de modo mais consciente, é possível economizar em épocas de crise e escassez.
Em 2021, o Brasil enfrenta a sua maior crise hídrica em 91 anos, e a projeção para os próximos meses é desanimadora, já que, devido à baixa nos reservatórios, será difícil atender a demanda ainda esse ano.
A geração de energia hidrelétrica ainda é a maior forma de distribuição de energia no país, responsável por cerca de 60% da matriz elétrica brasileira e, com a crise, os reservatórios marcam um nível cada vez mais baixo e preocupante. Isso impacta diretamente na conta de energia e faz com que ela seja mais cara, atingindo o patamar 2 da bandeira vermelha.
Hoje você consegue escolher a sua fonte de energia e a melhor opção são as renováveis. A adoção desse tipo de fonte energética torna mais próxima a construção de um futuro mais sustentável e pode ajudar não apenas na sua economia financeira em relação à conta de energia, mas na vida do planeta.
No Brasil, o crescimento e a democratização da energia solar só mostram quanto os consumidores estão criando o hábito de repensar o seu consumo para além da economia. O país também é um dos melhores cenários para a expansão das alternativas renováveis, não apenas da energia solar, mas também da eólica, por exemplo, devido ao clima tropical e aos ventos fortes em determinadas regiões.
Além disso, a economia na conta de energia pode partir de coisas simples e da construção de novos hábitos. Devido ao momento que vivemos, passamos mais tempo em casa e, com isso, o aumento do consumo de energia é inevitável. Mas que tal mudar isso?
Existem algumas dicas que podem te ajudar a economizar, como, por exemplo:
Essas são apenas algumas dicas de como a mudança de hábitos em nossa rotina pode ajudar a economizar na sua conta de luz.
O consumo consciente ajuda a preservar os recursos naturais e em aspectos da nossa vida, seja ela cotidiana ou financeira. Vamos entrar nessa juntos? Compartilhe nas redes sociais e ajude os seus amigos a entenderem o que são as bandeiras tarifárias e como economizar!